21 agosto 2014

Puros, por Julianna Baggott

Oi gente, tudo bom?
Gente. Pense num livro. Agora pense num livo bom. Agora pense em Puros.

Sinopse: Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos da antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido: como um mundo com parques, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras e corpos mutilados. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir. Houve, porém, quem escapasse ileso do apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura. Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam - e continuarem vivos - precisarão unir suas forças.
Eu amo distopias, e não estou nenhum pouco cansada de tantas que já foram publicadas, muito pelo contrário. Mas Puros foi uma bela surpresa para mim. Comprei o livro de Julianna Baggott cem por cento por impulso. Estava em promoção, trouxe ele para casa. Não sabia nada sobre a história antes de começar a ler. E foi uma das melhores coisas que eu já li, sinceramente.


O mundo distópico é o seguinte: Bombas explodiram e devastaram tudo. As pessoas que foram expostas ou morreram ou se fundiram à outras coisas ou criaturas, devido à nanotecnologia contida nas bombas. A primeira personagem principal que conhecemos, por exemplo, teve a mão fundida à uma cabeça de boneca. Mas houve também pessoas que não foram expostas à bomba. Elas vivem no Domo, que foi construído exatamente para servir de abrigo caso algo anormal acontecesse. Conhecemos o Domo através de Patridge, filho de um dos renomados líderes dos Puros (pessoas que não foram expostas à bomba e que vivem dentro do Domo). Motivado pela esperança de que sua mãe, supostamente morta pelas explosões, esteja viva, ele elabora um plano de fugir do Domo, coisa que ninguém antes havia feito, sequer havia sentido vontade. Já a realidade do lado de fora conhecemos através de Pressia, que está tentando escapar da OBR, uma organização que recruta (à força) novos jovens, os que não servem para matar, morrem.


Além desses dois personagens iniciais, conhecemos El Capitán e Lyda, que são focos de alguns capítulos e, conforme o decorrer da história, ganharam um cantinho no meu coração. Achei toda a história muito bem construída, apesar de haver uma falha aqui e outra ali. Uma coisa que me incomodou um pouco foram as pessoas que se fundiram à objetos, mas não se fundiram com as próprias roupas, por exemplo (essa sou eu, louca por detalhes). Porém alguns casos foram tão bizarros que eu não tive como não sentir pena por alguns e repulsa por outros. 

A base do livro é muito sólida. Deu para perceber que houve pesquisa para o livro. A autora discorre muito bem sobre assuntos como a bomba de Hiroshima, sobre como enterrar armas e sobre a tecnologia da bomba usada nas explosões. Além disso, as histórias dos personagens e a forma como algumas delas acabam se esbarrando umas nas outras é muito surpreendente. E, apesar de o livro ser narrado em terceira pessoa, o fato de que os capítulos focam em personagens diferentes cria um ambiente muito bom de suspense, aquele "fica no ar", sabe? 


Ah, e também tem a capa! Temos de falar dela! Na frente, temos uma cúpula e uma borboleta viva e vibrante dentro lá dentro. Eu acredito que a cúpula seja o Domo, e que a borboleta represente os Puros. Atrás do livro temos também a cúpula e a borboleta porém, dessa vez, essa está ressequida e do lado de fora. Interpretei a cúpula da mesma forma, contudo, essa borboleta, na minha opinião, representa as pessoas do lado de fora do Domo. Um trabalho fantástico.
Resumindo, o livro se tornou um dos meus favoritos. Impactante, nos mostra duas faces de uma mesma moeda. E fica aqui o meu aviso à Intrínseca: Estou a espera do segundo livro, hein!

10 comentários:

  1. Olá, tudo bem??
    Eu tenho esse livro *--* Eu ainda não li, mas com certeza vou ler!
    Adorei seu blog, já estou seguindo! =)
    http://enjoythelittllethingss.blogspot.com.br/

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    1. Olá Guilherme! Espero que goste do livro tanto quanto eu!

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  2. Oi Waleska, eu adorei a resenha, confesso que tenho esse livro guardado faz algum tempo, tentei ler uma vez mas na época não rolou, vou tentar de novo.

    www.fonte-da-leitura.blogspot.com.br

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    1. Poxa, Giovana :/ Comigo foi amor à primeira vista!

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  3. Nao conhecia, mas fiquei curiosa. Quero botar na minha lista tb. Bjs
    http://www.radarmexeriqueiro.com/

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  4. Ainda nem tinha ouvido falar do livro, mas ADOREI a sua resenha. ♥ Sabe outra coisa? Essa sua descrição no perfil está ótima, ri alto. (seguindo)

    Visite-nos! Beijos. <3

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  5. Otima resenha, eu nunca li este livro !

    Beeijos, ♥

    http://www.paaradateen.com
    http://www.facebook.com/PAARADATEEN
    INSTAGRAM: @luannaandrade_

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