09 julho 2014

The 100, por Kass Morgan


Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles... ou uma missão suicida.

Meu interesse por The 100 começou quando acompanhei os primeiros episódios da série homóloga da CW. Confesso que não sabia que a história era baseada em um livro, mas quando me deparei com o dito cujo na livraria senti que precisava lê-lo. Enfim, me desapontei bastante. Não com o livro, longe disso, e sim com a série, mas isso é assunto pra outro post, só quero deixar bem claro que a resenha inteira será sobre o livro, não sobre a adaptação (AVISO: os primeiros episódios da série contém spoilers absurdos sobre o começo, o meio e o final do livro).

O livro de Kass Morgan tem um núcleo de quatro personagens principais que moram na Colônia. A Colônia é uma nave, onde os sobreviventes humanos vivem desde a contaminação por radioatividade à que a Terra foi exposta. Na nave, todos que desrespeitam as normas são punidos com a morte, com exceção dos adolescentes, que ficam no Confinamento, esperando um novo julgamento ao atingirem a maior idade. Quando um plano de recolonizar a Terra é aprovado pelo Chanceler, o líder da Colônia, a aventura começa. O plano consiste em enviar cem dos jovens à Terra, e então acompanhar como o organismo deles se comporta na Terra, podendo concluir, assim, se é seguro voltar ou não.

Clarke não podia estar mais confusa. Seus pais foram mortos meses antes por um crime grave, que é um dos mistérios do livro (devo confessar que de todas as hipóteses que formulei, nenhuma chegou sequer perto do que aconteceu realmente), e o motivo de ela ter sido presa, acusada de ser cúmplice. Clarke carrega mágoa e ódio no seu coração, mágoa pela perda de seus pais. e ódio por seu ex-namorado, quem ela acusa de ter contado às autoridades o que seus pais fizeram.

Wells é o único dos 100 que queria estar ali. Clarke, sua ex-namorada o acusa de ter traído sua família contando ao Chanceler, pai de Wells, o crime que os pais de Clarke cometeram. Apesar de ser odiado pela menina, ele nunca deixou de amá-la, uma prova disso é que cometeu um crime propositalmente para ser preso e enviado, junto com ela e com outros 98 jovens, à Terra, tudo isso para protegê-la.

Bellamy é um intruso. Por causa da regra populacional que restringe todas as famílias a terem um filho ele perdeu sua irmã, a segunda filha de seus pais, e agora ela está na cadeia porque simplesmente não poderia ter nascido. Quando fica sabendo do plano de enviar 100 prisioneiros à Terra, entre eles, sua irmã, Bellamy não vê saída a não ser ir junto, afinal, era preciso proteger sua irmã. Com um plano que tinha tudo para dar errado, Bellamy consegue entrar na nave minutos antes da partida, e se torna um dos tripulantes na viagem para recolonizar a Terra.

Façamos aqui uma parada. 100 pessoas foram enviadas, e agora Bellamy entrou na nave e se juntou a eles. Então, se nossas contas estiverem certas, são 101 pessoas agora, certo? Errado.

Glass era, de longe, a que menos queria estar ali. O motivo de sua prisão também é um mistério, assim como a história que tinha antes de ser presa. No último momento, por impulso, durante a confusão causada pelo plano de Bellamy para entrar na nave, ela consegue, inacreditavelmente, fugir. Mas será que foi a melhor decisão? Para Glass, voltar para uma Terra radioativa pode ser tão perigoso quanto permanecer na Colônia.

Retomando o assunto "a série The 100", a melhor cena sem dúvidas é a da chegada à Terra. Na adaptação, os atores chegam eufóricos e não poderiam se importar menos com o perigo de contaminação. O que fecha o momento com chave de ouro é a música de fundo, que é nada mais nada menos que Radioactive, da banda Imagine Dragons. Se você conhece a música notou que essa música é simplesmente a escolha perfeita. Bom, quis citar esse pequeno fragmento da série, porque acho que a música é uma ótima pedida para colocar de fundo e acompanhar a leitura. Fiz essa resenha ao som de Radioactive, e me senti arrepiada, nervosa, ansiosa e *insira aqui uma palavra que descreve a extrema felicidade que um leitor possa sentir ao ler um dos melhores livros já escritos*, exatamente como estava durante toda a leitura de The 100.

Sei que muitos de vocês vão me achar exagerada, e que muitos também não vão concordar com a minha opinião sobre o livro, mas The 100 me conquistou. Totalmente. De uma maneira que nenhum livro tinha feito antes. 

8 comentários:

  1. Eu quero ler esse livro. Sério, eu estou há dias enrolando sempre que eu vou na livraria. A série inspirada nesse livro é muito boa e eu quero muito ler.

    http://www.laoliphant.com.br/

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    1. Haha! Sempre faço isso com um livro ou outro.

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  2. Eu já ouvi falar da série e estava disposta a assistir, mas agora que você falou do livro de forma tão maravilhada acho que vou ler primeiro. Parece ser uma história realmente muito boa!

    http://queridoescritor.blogspot.com.br/

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    1. Muita gente me chama de exagerada quando falo desse livro, mas juro que é a pura verdade!

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  3. Nossa, que resenha incrível e só serviu para me deixar mais curiosa do que tudo, hahahaha! Não conhecia o livro, nem a série. Deve ser muito bom! Adorei o post.
    Super beijos ♥♥
    Blog Brilho na Make

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  4. Oi, Waleska!

    Finalmente encontrei uma resenha do livro e eu sempre estive muito curiosa. Ontem mesmo pensei em começar a assistir a série e GRAÇAS A DEUS eu não fiz isso, né? Vou ler mesmo o livro primeiro antes de assistir a série. O livro parece muito bom pela sua resenha e curti o plot já de cara. É, definitivamente, o próximo da lista da leitura.

    Mas vem cá, você curtiu a série mesmo assim? Apesar da série não estar a altura do livro, você achou válido? Porque, ah, vai que não está sendo bem desenvolvidos e os atores não são tão bons como os personagens, né? Hahah.

    Beijos
    @bitinhateles
    http://tempestade-de-estrelas.blogspot.com

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    1. A série como adaptação não é nada boa. Mas se você assistir sabendo separar livro/série é muito bem feita. Vale a pena assistir. Mas se você pretende ler o livro, leia antes, porque o livro inteiro é contado nos quatro primeiros episódios.

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