Oi gente, tudo bom? Quanto tempo! Primeiro eu quero pedir imensas desculpas por ter ficado tanto tempo sem postar, como eu falei na fanpage do blog minhas aulas começaram e agora a única coisa que eu faço é estudar e dormir. Porém, adivinha quem vai ficar em casa no carnaval para preparar vários posts para vocês. Exatamente! E o primeiro deles é a resenha de O Doador de Memórias, que eu li em janeiro e estou devendo a muito, muito tempo.
O Doador de Memórias foi a primeira utopia que eu li. Nada de guerras, de sistema político desmoronando ou de revolucionários. O livro não fez meu coração acelerar, muito pelo contrário, me trouxe uma paz momentânea, e uma certa fé na humanidade que eu nunca havia sentido.
A história é sobre uma sociedade onde todos vivem em perfeita harmonia. Nada de brigas, doenças ou fome. Ninguém sabe o que é isso, ninguém nunca passou por isso, com exceção de uma única pessoa: o recebedor de memórias. Ele é o único que lembra de todos os sentimentos, que carrega todas as lembranças, boas e ruins, das sociedades passadas e é o único que conhece coisas como raiva, amor e solidão.
Nessa sociedade aparentemente perfeita todos são designados, segundo um sistema a prova de falhas, para um trabalho aos 12 anos, e esse é o ano de Jonas, o nosso personagem principal, receber, também, sua atribuição. Depois de uma pequena confusão na cerimônia, ele descobre que é o novo recebedor de memórias, e vai ser treinado pelo antigo recebedor (agora doador) para esse cargo.
Durante o treinamento, Jonas recebe várias memórias e lembranças que o ajudam a desenvolver os sentimentos e as sensações. No início, Jonas se depara com as coisas boas da vida, e começa a se questionar o motivo pelo qual as outras pessoas são privadas de coisas tão boas assim. Ele encontra a resposta quando começa a receber as memórias ruins, quando descobre o que é dor, perda, fome, solidão. E então ele entende que as coisas boas foram tiradas das pessoas porque não havia equilíbrio entre o bem e o mal, porque o mundo era bem diferente da sociedade em que vivia hoje. Então ele se vê no meio de uma pergunta crucial: vale a pena abrir mão de todos os sentimentos, bons e ruins, se esse for o único método de alcançar a paz?
O Doador de Memórias foi um livro que mexeu muito comigo. Ele me fez refletir muito, de uma forma muito positiva. O livro mostra o dilema pelo qual o Jonas está passando colocando em um lado da balança a perda total de sentimentos e o quão boa seria a vida sem tristeza, raiva, solidão ou angústia e, no outro lado, se vale mesmo a pena abrir mão desses sentimentos, inclusive dos bons, para viver essa vida utópica. E, enquanto ele te coloca a par disso, a autora coloca o próprio dilema na sua cabeça, e, sem perceber, a problemática do livro se torna alvo de reflexão, e você começa a pensar sobre isso sem mesmo notar.
Eu não tinha notado, até que, ao terminar o livro, me senti aliviada pela forma como tudo se desenrolou. Foi quase como se eu mesma fosse uma personagem e estivesse sabendo de tudo que estava acontecendo. O único problema é que até agora eu não sei se abrir mão dos sentimentos para ter uma vida regrada é uma boa troca. Talvez, mas pensando que poderíamos ter uma vida regrada e ainda poder sentir as coisas, apesar de hoje parecer impossível, penso que vale muito mais apena lutar por isso.
Mário Quintana disse que "os livros não mudam o mundo, os livros mudam as pessoas, as pessoas mudam o mundo". Bom, O Doador de Memórias com certeza me mudou, agora é hora de mudar o mundo.
Eu já li esse livro e assistir o filme, os dois são maravilhosos. Agora o que resta é aguarda uma continuação. Gostei da sua resenha. http://luxuosoestilo.blogspot.com.br/2015/02/a-mais-pura-verdade.html
ResponderExcluirEu só vi o filme e após ler a resenha, dei uma lida na sua crítica do filme. Concordo contigo, acho a proposta de Jogos Vorazes/Divergente completamente diferente de O Doador de Memórias. Eu fui com meu irmão assisti esse filme e também pouco sabíamos sobre a história, mas adoramos cada segundo. Aliás, as partes que eu mais gostei e até fiquei emocionada, foram aquelas que o doador transmite as memórias para o recebedor, muito lindo. Imagino como deve ser no livro. Contudo, pra ser sincera, não despertou o meu interesse para a leitura do livro, o que é algo que costuma acontecer. Achei o filme bastante satisfatório e pela sua resenha do livro, o filme me pareceu bem fiel.
ResponderExcluirBeijos!
orocardovento.blogspot.com
Eu gostei bastante desse livro, preciso ler o segundo da série. Ainda não assisti ao filme, mas alguns amigos disseram que não é muito bom. Só assistindo para ter minhas próprias conclusões, não é?
ResponderExcluirAdoro o seu blog, beijão!
www.acampamentodaleitura.com
Oi Waleska!!
ResponderExcluirEsse livro foi uma surpresa pra mim,porque apesar de ser uma distopia o livro
é muito curto,mas tem tanta coisa que a história é maravilhosa!!
E o filme não deixou nada a desejar.
Beijos!!!
http://livreirocultural.blogspot.com.br/
Olá Waleska,
ResponderExcluirEsse livro está na minha lista de desejados assim como o segundo a escolhida, pela sua resenha sei que vou gostar demais....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Eu estava apaixonada pelo livro e até agora não tive a oportunidade ler. E eu amei sua resenha e agora eu estou ainda mais curiosa. <3
ResponderExcluirhttp://coisas-do-tipo.blogspot.com